As eleições de 2024 chegaram ao fim em Sergipe neste domingo, 27, e a Revista Realce mais uma vez foi a líder entre a imprensa com o maior número de processos no estado. Contudo, esse total é inferior comparado ao registrado em 2022, quando o veículo, que atuou como o principal cabo eleitoral de Valmir de Francisquinho (PL) na disputa ao Governo de Sergipe, foi alvo do dobro de ações judiciais.
Naquele ano, a Realce foi o único veículo no estado a apoiar o ex-candidato a governador, enquanto todos os outros meios de comunicação já haviam sido comprados e se tornado parte da imprensa “fabista”.
A Realce foi fundamental para a construção da imagem de Valmir, sendo o primeiro veículo a cogitar seu nome para a disputa e o primeiro que cravou quem realmente seria sua vice, influenciando diretamente na escolha ao ter sugerido o nome de Emília em enquetes digitais, gerando um forte clamor popular pela chapa. Além disso, ela também publicou a primeira pesquisa para a disputa, um ano e meio antes da eleição, através de um instituto de São Paulo, em parceria com a Band.
Esse apoio gerou uma forte reação dos adversários de Valmir, que utilizaram suas militâncias jurídicas para perseguir a revista, com uma enxurrada de processos. No entanto, essa oposição apenas fortaleceu a Realce, que se mantém firme como um dos maiores veículos de imprensa no estado.
Inclusive, dois processos que a revista ainda responde foram primordiais para o fortalecimento de Valmir e, consequentemente, a rejeição gerada para Fábio Mitidieti (PSD) naquele ano.
O primeiro deles foi com relação a uma matéria sobre George Martins (PSD), que teve sua campanha financiada por Fábio em 2022, e que foi responsável por entrar com uma representação junto ao Tribunal Regional de Sergipe (TRE-SE) solicitando o indeferimento da candidatura de Valmir.
O outro foi com relação ao furo de que Mitidieri teria usado um jato para ir à Brasília. Ambas as matérias repercutiram nacionalmente, e a do caso de George Martins pautou os programas eleitorais dos candidatos de oposição, pelo impacto que foi gerado.
Além dessas, outras diversas ações foram movidas durante o mais de um ano que a revista foi o grande cabo eleitoral de Valmir, pautando todo o estado.